sexta-feira, 29 de abril de 2011

Larguem o meu celular!

por Elis Monteiro, Colunista da TechTudo


Dizem por aí que dona Apple pode estar coletando informações capturadas de nossos celulares. Informações preciosas que podem fornecer nossos hábitos de consumo, perfil, histórico de navegação (o que pode ser mega embaraçoso para alguns) e, o pior de tudo: nossos dados pessoais. Mas por que isso interessa à Apple? Informação, num mercado que lida com entretenimento e perfil de uso, é a mais preciosa das joias. E a Apple, assim como todas as outras, sabe bem disso.
Mas o que foi provado até então? Há processos em curso contra a empresa capitaneada por Steve Jobs, principalmente por sua nebulosa política de privacidade, que em nenhum momento deixa claro que tipo de informações serão repassadas para desenvolvedores de aplicativos depois que alguém baixa algum programete, através do Unique Device Identifier (identificador único de aparelhos), número que é cedido a tais desenvolvedores de forma a gerar algum tipo de retorno em caso de uso de anúncios. O problema fica maior porque reza a lenda que os desenvolvedores estão cruzando os dados coletados com informações pessoais dos donos dos aparelhos – até mesmo o nome e endereço.
Enquanto a Apple se defende, paremos para pensar no que pode significar pra gente ter a vida rastreada por robôs que varrem nossos hábitos, acumulam nossas informações e as usam com algum propósito. Vamos ficar num exemplo simples: entre no seu perfil de Facebook (perfil mesmo, não página) e dê uma olhada em todos os anúncios que aparecem pra você. Se for mulher, deve ter anúncios de manicure, sapatos e bolsas e viagens. É o meu caso. Tomei o cuidado de fazer esta análise com o perfil de um rapaz e o resultado foi bem diferente, o que deixa claro que o Facebook toma o maior cuidado de oferecer o produto certo para o público certo, tudo variando conforme os dados pessoais cadastrados ou do perfil de uso do sistema.

O que eu quero dizer é que a tal coleta de dados sempre existiu e sempre existirá. Mas a coisa pode ficar pior. Já disse por aqui que estamos nos expondo demais. Será que o medo passou, ficamos mais confiantes ou o mercado está ficando mais perverso? Cá entre nós: até o que foi feito para ser usado para o bem tem seu uso “desviado”.
Vou dar um exemplo bobo, mas bastante elucidativo: um amigo, celebridade, mostrou seu celular com um “programinha” instalado. Perguntou o que era aquilo e porque tinha aparecido na tela de seu celular. Assim que bati o olho, caí na risada: tratava-se do Mobile Me, aplicativo que – além de outras funções – serve para encontrar o iPhone perdido ou roubado, esteja ele onde estiver. Um achado para aqueles que se preocupam com a segurança (já houve casos de pessoas sequestradas que foram encontradas com a ajuda do Mobile Me) mas com certeza um perigo para aqueles que costumam mesmo desviar do caminho – se é que me entendem.
Era o caso dessa pessoa. A esposa simplesmente instalou o Mobile Me no aparelho sem que o coitado desse conta da invasão. Assim, todos os passos dele passaram a ser monitorados e sabe-se Deus o que foi que ela descobriu nesse meio tempo. Eu mesma dei a senha do meu Mobile Me para os mais chegados da família e para a assistente – pensando na minha segurança. Mas confesso, envergonhada, que “enquanto mãe”, adoraria grudar um troço desses no braço do Gui, meu filhote de três aninhos.
Brincadeiras à parte, estamos falando de uma época na qual não há almoço grátis. A quantidade exorbitante de aplicativos gratuitos que a App Store tem só nos mostra o potencial de um ecossistema no qual todo mundo quer sair ganhando de alguma forma. Nem que seja com uma informaçãozinha inocente que pode levar alguém a lucrar.
Vale lembrar que não é só a Apple que pode fazer estar fazendo isso – mesmo que a princípio não pareça tão grave. Nossos dispositivos disparam informações sobre nossas pessoas o tempo todo – vide o caso do Foursquare automatizado, do Google Latitude e outros que mostram onde estamos e quando. A coisa fica mais grave quando se descobre que ao fazer um singelo backup de iPhone para Mac, sem criptografia, os dados podem ser enviados para as mãos erradas, levando o que há de mais precioso dos usuários. Quem não sabe do que estou falando, sugiro uma visita a esta notícia: Got an iPhone or 3G iPad? Apple is recording your moves
O interessante é que parece que os usuários começam a se incomodar com o quesito privacidade no smartphone, principalmente as mulheres, esses seres desconfiados. Pesquisa da Nielsen divulgada este mês mostra que 59% das usuárias de aplicativos e 52% dos usuários estão preocupados com o uso de dados relativos a localização, contra 8% de mulheres e 12% de homens que disseram não estar nem aí.
Parece uma grande bobagem, afinal, o que os olhos não veem o coração não sente, certo? Não é bem assim: uma coisa é sua esposa ou marido observar o que você faz com o seu dia e onde costuma ir. Terrível, mas pelo menos você vai lá, arma um barraco e exige sua privacidade de volta. O pior é quando não tem com quem reclamar…

Fonte: http://www.techtudo.com.br/platb/mobile/2011/04/26/larguem-o-meu-celular/

Comentário: Isso é muito sério, sempre quis ter um IPhone, mas diante disso fico com receio.... entende?
Meu aniversário está chegando e to sem grana, mas se alguém quiser me dar um IPhone4 não ligo não! hehehe

Não se esqueçam de que hj é o ùltimo dia para envio da declaração de IR!
http://www.receita.fazenda.gov.br/ baixe o programa e envie!
 
Aproveitando:

To vendendo o meu PSP por R$450 - aproveitem!!!
Promoção por tempo limitado! Não percam essa chance!
Em breve um blackberry curve 8320 (nextel) Novinho na caixa anunciarei aqui!
Um abraço!

Nenhum comentário:

Postar um comentário